terça-feira, 18 de junho de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
CONTO “PAUSA” DE MOACYR  SCLAIR


Cursista: Maria Aparecida Donizetti do Carmo e Silva


Público alvo: 8ª série/9º ano.
Duração :  2 a 4 aulas .
Objetivo : reconhecer a tipologia narrativa e suas características , gênero conto, analisar, compreender e interpretar o texto .
Conteúdo :  texto “Pausa”     
-leitura, análise e interpretação do conto 
-intertextualidade com o texto “ Circuito Fechado”
- Características do gênero conto.
- Vida e obra do autor
 Estratégias: leitura , análise dos textos, comparações de informações dos textos.
Recursos : textos digitados ,dicionário, figuras representando pausas, roda de leitura, questionamentos .
Avaliação : participação e registro dos alunos, interpretação e análise do texto.   
TEXTO “PAUSA” DE MOACYR  SCLAIR



imagem : www.spotamatomy.it2012´pausa  


ANTES : Ativação  do conhecimento
Partir do conhecimento prévio do aluno com perguntas como: alguém conhece este símbolo? O que ele significa? Lembram  de  algum tipo de pausa ? Pausar o quê e porque ?  Pesquisar no dicionário o significado da palavra pausa. Você já fez alguma pausa em sua vida? Sobre o que o texto vai falar? Conhecem o autor do texto?
Comparar tipos de pausa



  Imagem :www.com.br/noticias/ciências-saúde/realizar
  
Durante : Texto “Pausa”
Leitura colaborativa pela  professora e  alunos.
Leitura paulatinamente  em determinado parágrafo  .
Sublinhar algumas partes e questionamentos.

Texto  “Pausa”
 "Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu ­se  rapidamente  sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
—Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém­ feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
— Todos os domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.
— Temos muito trabalho no escritório — disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
—Por que não vens almoçar?
— Já te disse: muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga, Samuel pegou o chapéu:
—Volto de noite.
 (ParadaSeria aqui uma parada do casamento? Questionamento sobre as palavras grifadas.
 As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve­ se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente . Bateu comas  chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs ­se de pé.
—Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? Agente...
—Estou compressa, seu Raul!—atalhou Samuel.
— Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre. — Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam­ no com curiosidade:
—Aqui, meu bem!—uma gritou, e riu: um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda­ roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou ­o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; comum suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou­ se  e fechou os olhos.
Parada ( observar lugar ,os objetos  nome Isidoro trocado  ;o que os alunos deduzem ?)
Dormir.  Parada  ( pausa )
 Em pouco, dormia. Lá em baixo, acidade começava a mover ­se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou­ se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por índio montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia­ se e resmungava .Às duas e meia da tarde sentiu
uma dor lancinante nas costas. Sentou­ se na cama, os olhos esbugalhados: o índio acabava de trespassá ­ lo com a lança. Esvaindo­ se em sangue, molhado de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.
Parada (Samuel sonha ,mas no sonho é perseguido, isto mostra que a rotina não foi quebrada  )
 Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou-se. Vestiu- se rapidamente e saiu.
Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
—Já vai, seu Isidoro?
— Já — disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
—Até domingo que vem, seu Isidoro—disse o gerente.
—Não sei se virei—respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caía.
— O senhor diz isto, mas volta sempre — observou o homem, rindo. Samuel saiu.
Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou,  um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu .Para casa."
SCLIAR, Moacyr.In:BOSI,Alfredo.O conto brasileiro contemporâneo. SãoPaulo: Cutrix,199
 Depois: Localização de informações; generalizações  
 Checar se os alunos entenderam qual tipo de pausa o texto cita .
Ver se conseguiram ver que a pausa  era do stress do dia a dia na vida da personagem.
Retomar as  pistas que induziram  os alunos a pensarem em traição.
Nesse momento falar da importância do sono, como é o sono no dia a dia deles?

Intertextualidade   Texto “Circuito Fechado



imagem : origem www.comum de um :rotina 


 Intertextualidade   Texto “Circuito Fechado

 Chinelo, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoadura, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Mesa e poltrona, cadeira, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, telefone. Bandeja, xícara pequena. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vale, cheques, memorando, bilhetes, telefone, papéis. Relógio, mesa, cavalete, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeira, copo, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, telefone, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesas, cadeiras, prato, talheres,copos, guardanapos. Xícaras. Poltrona, livro. Televisor, poltrona. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga ,pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
Ricardo Ramos. Circuito fechado:contos, 1978

Interpretação do texto
1-    Pesquise o significado da palavra circuito e explique o título escolhido para o texto.
2-    Com base na leitura, responda às perguntas:
a) O personagem é um homem ou mulher? Como você concluiu isso?
b) Qual é a possível profissão dessa pessoa?Justifique
c) Em que cidade poderia morar?
d Será que a rotina dele continuaria a mesma?
3- Em que o tema dos dois textos se assemelham ?
4-As personagens expressam os mesmos sentimentos e atitudes com relação à rotina? 
  
Sugestão :reflexão 



 imagem : origem Kiwinuclear.com.br ( mude a sua rotina diária )


BIBLIOGRAFIA:

- Imagem : Pausa -www.spotanatomy.it 2012/pausa
-Imagem :www.com.br/noticias/ciências-saúde/realizar
-Imagem : origem www.comum de um :rotina 
-Imagem : origem Kiwinuclear.com.br ( mude a sua rotina diária )

Textos : Pausa de : SCLAIR, Moacyr Jaime.Texto: Pausa In: Bosi,Alfredo.O conto brasileiro          
                                    contemporãneo.São Paulo; Cutrix,1997 .da Apostila do Curso  Melhor
                                    Gestão Melhor Ensino.
   texto: Circuito Fechado de : RAMOS, Ricardo.Circuito Fechado In ; Os melhores contos. São Paulo:Blobal.by                                                       herdeiros de Ricardo Ramos .Caderno do aluno, volume, p.36.  
 Leitura :  ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é melhor do que                        estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e Escrita na  Formação de Professores,                         pp. 31-52. SP: Musa/UFJF/INEPCOMPED.




sábado, 8 de junho de 2013

Quem somos


MARA ROBERTA LATROVA (Cursista)
São José dos Campos-SP

    Sou professora de Português e Arte e leciono na Fundação Casa/Tamoios.
   Sou casada e tenho duas filhas, uma de 27 e a outra de 5 anos. Sou graduada em Letras e pós-graduada em Educação Especial. Tenho muitas expectativas quanto aos cursos oferecidos pela SEE, pois vão de encontro às necessidades que se apresentam no nosso dia-a-dia.
   Em minha rotina, gosto de ler,de estar com minha família e cozinhar. Porém a maior parte do tempo é dedicada à "garimpar" material para meus alunos, pois é uma clientela que exige uma gama de material bem grande e especifico.



MARCILENE RODRIGUES DE SOUSA (Cursista)
São José dos Campos-SP

  Meu nome é Marcilene, sou casada, tenho dois filhos de 7 e 5 anos. Professora estadual há 9 anos. Gosto muito do que faço, apesar das dificuldades do dia a dia.   Espero sinceramente que esse curso venha a acrescentar algo em minha vida profissional!


MARCIO CLAUDIO CUSTODIO (Cursista)
São José dos Campos-SP

  Leciono violão desde os meus 17 anos . Na música tenho muito mais bagagem do que em sala de aula , no entanto tive muitas experiências positivas dentro das salas de aula em que estive . Aprendi a ser mais paciente, compreensivo e até mesmo nas aulas de música essas experiências ajudaram me a melhorar a minha didática.
 Eu gosto muito de música e dos bons livros não importando o gênero , sendo bom é que interessa. Sou casado tenho uma esposa linda e um filho maravilhoso (Paula e o Asafe). Adoro estar com eles e com o restante da minha família .
  Ir ao cinema também é uma das minhas atividades preferidas, eu gosto muito de assistir filmes principalmente os de terror e ação.(Os de zumbis são os meus preferidos)



MARIA APARECIDA DONIZETTI DO CARMO E SILVA (Cursista)
São José dos Campos-SP

  Sou professora PII de Língua Portuguesa , da rede estadual  de ensino há 18 anos, leciono na EE Moabe Cury, no Ensino Fundamental, com 6ºanos e 7ºanos.Casada,3 filhos e 4 netos.
   Gosto de comida mineira, passar o dia no campo, pessoas sinceras e objetivas. 
  Minhas expectativas são: conseguir a estabilidade da Categoria F, aposentar daqui a 4 anos.
   Nas horas livres visito os amigos, cuido de plantas, curto a minha casa e viajo. Sonho em conhecer vários estados brasileiros e até  um outro país, também ver meus filhos todos realizados profissionalmente. Os filmes que marcaram" Espera de Um Milagre' e "Ghost". Livros "A Menina que Roubava Livros" meu primeiro livro " Meu Pé de Laranja Lima "  .
   Todas as pessoas de minha família são importantes as especiais são: meus filhos, marido e netos.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Depoimentos de nossas experiências com a leitura e a escrita




Histórias em quadrinhos...

Falando em experiências de leitura, meu coração já aperta. Comecei muito cedo  em torno de quatro anos de idade, quando meu avô Marcolino lia um livro todo amarelado e marcado pelo tempo. Neste livro eu ouvia sempre as mesmas histórias: ”churrasquinho de mãe”,”a cobra maldosa”, ”João e  Maria”, entre outras.
Quando comecei, aos seis anos de idade, o primário fui alfabetizada com a cartilha “Caminho Suave”, esse momento foi mágico em minha vida, virava a cartilha dos avessos sem saber ler, inventava textos para cada lição e somente fazia leitura de imagens.
Quando comecei o ginásio tive a oportunidade ler bastante a pedido de meus professores os que mais marcaram foram: ”Iracema”, ”Tonico”; ”O cortiço”, ”O escaravelho do diabo”, entre outros...
Uma experiência amarga que tive foi a do gibi, a professora me pegou com um gibi , fui castigada na escola e em casa,fiquei meio desiludida,mas passou. Para me vingar fiz Letras, nunca podia imaginar que na faculdade teria uma disciplina somente de histórias em quadrinhos. Hoje leio tudo que tenho direito e pilhas de gibis,para me vingar mais ainda levo muitos gibis e leituras diferentes para meus alunos.



Autora:  Mara Roberta Latrova



Histórias de príncipes e dragões...

Me lembro de que quando tinha cinco ou seis anos e ainda não sabia ler, não dava sossego para minha mãe. Ele tinha que ler para mim tudo o que eu pedia. Às vezes ela até ficava brava, mas sempre lia.
Recordo que minha avó contava muitas histórias que eram incríveis. Adorava as histórias de assombração que minha avó contava.

Já a minha mãe lia vários contos de fada e outras histórias. Eu gostava muito de um que não lembro o nome, mas tinha príncipes e dragões, eu não via a hora de aprender a ler só para ler aquele livro...
Sempre fui fascinada pelos livros, sou capaz de ficar horas em uma livraria... Quando solteira fazia isso, ía pela manhã, pegava um livro e lia-o dia inteiro. Depois ia embora lá pelas seis da tarde. Muito bom!!!!
Quando conto isso aos meus alunos, me acham doida! 



Autora: Marcilene Rodrigues de Sousa


O carrinho de sonhos...

Quero relatar minhas experiências com leitura e dizer que desde pequena por influência de minha mãe já gostava muito de folhear livros e ouvir histórias.

Porém minha experiência mais significativa foi quando conheci a professora Édna e com ela desenvolvi o gosto pela leitura, pois ela costumava levar os livros para a sala em um carrinho com rodinhas e quando eu escutava o barulho dele já ficava emocionada, porque sabia que teríamos livros interessantes para ler.
Depois dessa experiência não parei mais e até hoje me emociono com a leitura e incentivo meus alunos a lerem cada dia mais, pois ler é aprender!




Autora: Maria  Aparecida Duarte de Oliveira


Tempo de soletrar e decorar versos...

Meu contato com a escrita se deu na escola, na 1ª série, pela cartilha “Caminho Suave” onde a uva era do vovô ,o pé da pata nadava. A alfabetização naquela época se dava com a coordenação motora e silabação .
No início sofri muito, pois não entendia como se formava as sílabas , não tinha o incentivo  a  não ser na sala de aula, e nem relação com livros fora da escola.
Me lembro que comecei a ler na 2ª série, aprendi a soletrar e decorar versos para  recitar nas datas cívicas, a partir daí lia com  muita desenvoltura. Só tinha receio da oralidade uma vez na semana ,o dia da sabatina da tabuada. Até a 4ª série só lia livros didáticos.
Na adolescência, li o meu primeiro livro ʺMeu pé de Laranja Lima,” sentia muita pena do menino Zezé solitário conversando com  o pé de laranja, no quintal de sua nova casa. Também recordo das noites sentados em círculo na calçada  em frente a casa da vizinha,  eu  e várias pessoas ouvindo os causos ora engraçados, ora aterrorizantes e em seguidas indo dormir com medo. 
Confesso que me interessei pelos livros na faculdade onde comecei a estudar  a literatura, a professora Eliane. Ela nos narrava  um pequeno trecho do livro indicado de uma forma que encantava e aguçava o desejo de conhecer o enredo das histórias. Nesse período li os livros São Bernardo, O Crime do Padre Amaro, Grande Sertão Veredas e tantos outros.
Acredito no depoimento de “Clair Feliz Reginaʺ segundo ela," Não existe  idade para pegar gosto por algo", no caso dela foi fazer  poesia na 3ª idade e que basta apenas ter  vontade e entusiasmo .



Autora  Maria  Apareicida Donizetti do Carmo e  Silva

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Integrantes do Grupo

Mara Roberta Latrova

Marcilene Rodrigues de Sousa

Marcio Claudio Custódio

Maria Aparecida Donizetti do Carmo e Silva

Maria Aparecida Duarte de Oliveira