quinta-feira, 6 de junho de 2013

Depoimentos de nossas experiências com a leitura e a escrita




Histórias em quadrinhos...

Falando em experiências de leitura, meu coração já aperta. Comecei muito cedo  em torno de quatro anos de idade, quando meu avô Marcolino lia um livro todo amarelado e marcado pelo tempo. Neste livro eu ouvia sempre as mesmas histórias: ”churrasquinho de mãe”,”a cobra maldosa”, ”João e  Maria”, entre outras.
Quando comecei, aos seis anos de idade, o primário fui alfabetizada com a cartilha “Caminho Suave”, esse momento foi mágico em minha vida, virava a cartilha dos avessos sem saber ler, inventava textos para cada lição e somente fazia leitura de imagens.
Quando comecei o ginásio tive a oportunidade ler bastante a pedido de meus professores os que mais marcaram foram: ”Iracema”, ”Tonico”; ”O cortiço”, ”O escaravelho do diabo”, entre outros...
Uma experiência amarga que tive foi a do gibi, a professora me pegou com um gibi , fui castigada na escola e em casa,fiquei meio desiludida,mas passou. Para me vingar fiz Letras, nunca podia imaginar que na faculdade teria uma disciplina somente de histórias em quadrinhos. Hoje leio tudo que tenho direito e pilhas de gibis,para me vingar mais ainda levo muitos gibis e leituras diferentes para meus alunos.



Autora:  Mara Roberta Latrova



Histórias de príncipes e dragões...

Me lembro de que quando tinha cinco ou seis anos e ainda não sabia ler, não dava sossego para minha mãe. Ele tinha que ler para mim tudo o que eu pedia. Às vezes ela até ficava brava, mas sempre lia.
Recordo que minha avó contava muitas histórias que eram incríveis. Adorava as histórias de assombração que minha avó contava.

Já a minha mãe lia vários contos de fada e outras histórias. Eu gostava muito de um que não lembro o nome, mas tinha príncipes e dragões, eu não via a hora de aprender a ler só para ler aquele livro...
Sempre fui fascinada pelos livros, sou capaz de ficar horas em uma livraria... Quando solteira fazia isso, ía pela manhã, pegava um livro e lia-o dia inteiro. Depois ia embora lá pelas seis da tarde. Muito bom!!!!
Quando conto isso aos meus alunos, me acham doida! 



Autora: Marcilene Rodrigues de Sousa


O carrinho de sonhos...

Quero relatar minhas experiências com leitura e dizer que desde pequena por influência de minha mãe já gostava muito de folhear livros e ouvir histórias.

Porém minha experiência mais significativa foi quando conheci a professora Édna e com ela desenvolvi o gosto pela leitura, pois ela costumava levar os livros para a sala em um carrinho com rodinhas e quando eu escutava o barulho dele já ficava emocionada, porque sabia que teríamos livros interessantes para ler.
Depois dessa experiência não parei mais e até hoje me emociono com a leitura e incentivo meus alunos a lerem cada dia mais, pois ler é aprender!




Autora: Maria  Aparecida Duarte de Oliveira


Tempo de soletrar e decorar versos...

Meu contato com a escrita se deu na escola, na 1ª série, pela cartilha “Caminho Suave” onde a uva era do vovô ,o pé da pata nadava. A alfabetização naquela época se dava com a coordenação motora e silabação .
No início sofri muito, pois não entendia como se formava as sílabas , não tinha o incentivo  a  não ser na sala de aula, e nem relação com livros fora da escola.
Me lembro que comecei a ler na 2ª série, aprendi a soletrar e decorar versos para  recitar nas datas cívicas, a partir daí lia com  muita desenvoltura. Só tinha receio da oralidade uma vez na semana ,o dia da sabatina da tabuada. Até a 4ª série só lia livros didáticos.
Na adolescência, li o meu primeiro livro ʺMeu pé de Laranja Lima,” sentia muita pena do menino Zezé solitário conversando com  o pé de laranja, no quintal de sua nova casa. Também recordo das noites sentados em círculo na calçada  em frente a casa da vizinha,  eu  e várias pessoas ouvindo os causos ora engraçados, ora aterrorizantes e em seguidas indo dormir com medo. 
Confesso que me interessei pelos livros na faculdade onde comecei a estudar  a literatura, a professora Eliane. Ela nos narrava  um pequeno trecho do livro indicado de uma forma que encantava e aguçava o desejo de conhecer o enredo das histórias. Nesse período li os livros São Bernardo, O Crime do Padre Amaro, Grande Sertão Veredas e tantos outros.
Acredito no depoimento de “Clair Feliz Reginaʺ segundo ela," Não existe  idade para pegar gosto por algo", no caso dela foi fazer  poesia na 3ª idade e que basta apenas ter  vontade e entusiasmo .



Autora  Maria  Apareicida Donizetti do Carmo e  Silva

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